quinta-feira, 30 de maio de 2013

O SUICIDA E OS APOSTADORES

Um homem está escalando uma torre de televisão. É um suicida e pretende se jogar quando chegar ao topo. Dois apostadores vão passando. Decidem apostar cem reais: se o homem se jogar do topo da torre, um deles ganha; se se desequilibrar e cair antes, quem ganha é o outro. Perto do topo ou já no topo (a torre é alta; é quase impossível visualizar perfeitamente a cena) o homem despenca. Os dois apostadores divergem. Ambos acham que ganharam a aposta. Há uma discussão calorosa e um deles saca uma arma de fogo e mata o outro. Cinco tiros de pistola. À noite, em casa, o apostador assassino assiste o telejornal. A lente da câmera não deixa dúvidas: o suicida se desequilibrou e caiu pouco antes de alcançar o topo. O apostador assassino entra em parafuso. A intransigência e a ganância o fizeram tirar a vida de um amigo de longa data. Na manhã seguinte, procura a mesma torre. Não merece viver. Começar a subir. Quer se jogar do topo. Dois apostadores vão passando.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ixi!