segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

TRINCHEIRA

Entrincheirado dentro de casa sem água e sem energia
empurro os sofás e o armário e o corpo da menina contra a porta
Chutes tentam arrombá-la, mãos delizam pelas folhas das janelas
O pânico me faz recarregar as armas já carregadas
Sei que equipes da swat rondam pelo lado de fora
Ouço o megafone da xerife exigindo minha rendição incondicional
e atiro a esmo até descarregar minha pistola - tec! tec! tec!
De fora respondem com rajadas de metralhadora
Chutes de coturno forçam a porta, aviões cruzam o céu cor de chumbo
Olhando pelo buraco da janela, recarrego meu rifle enquanto
dezenas de pitt bulls pousam de paraquedas nos meus sonhos

Nenhum comentário: