quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O REPUGNANTE CHIQUINHO ESCÓRCIO NA REVISTA PIAUI

Nem sou muito fã da revista piauí (na verdade, dificilmente a compro), mas a edição de janeiro de 2012 está no mínimo boa. Na matéria “Peixe no Aquário”, sobre os famosos “Jogos da Solidariedade” estrelados por Romário e Cia, o deputado Chiquinho Escórcio – idealizador dos tais jogos – aparece fuçando a sua lama política logo nos primeiros parágrafos:

"Um ônibus com 24 deputados federais e um senador deixou o hotel Holiday Inn, em Porto Alegre, às 10 horas de uma manhã de novembro e pegou a estrada para Canoas, nas imediações da capital gaúcha. O ônibus teve de fazer uma volta e passar primeiro pelo aeroporto para buscar um 25º parlamentar. O deputado federal Romário de Souza Faria não pôde chegar na véspera como os outros porque era a festa de aniversário de Rafinha, o quarto dos seus seis filhos, e a mãe do menino, da qual é separado, insistiu que ele comparecesse, apesar de o menino fazer anos só em fevereiro.

Romário cumprimentou seus colegas sem entusiasmo e logo se acomodou sozinho no fundo do ônibus. Fechou a cortina, pôs os óculos escuros e não largou o celular. Só tirou os olhos do aparelho quando o grupo começou a zombar de Francisco Escórcio, deputado federal pelo Maranhão, mais conhecido como Chiquinho, que discursava, de pé, perto do motorista. Um deles perguntou: “Seu Francisco, me diga uma coisa, esse seu traje é da Escolinha do Professor Raimundo, é?” Todos caíram na gargalhada, Chiquinho inclusive. Romário deu o primeiro sorriso do dia, levantou-se e puxou o coro: “Oida, oida, oida, Chiquinho hemorroida.”

“Olha a molecagem!”, disse o maranhense de volta. “Você mal chegou e já quer sentar na janela? Tem muita gente com calo na mão de tanto bater palmas para mim.” O ônibus parecia levar uma excursão escolar. O deputado Renan Filho sacou da mochila uma chuteira cor-de-rosa, um acessório da Barbie tamanho gigante, e de pronto foi chamado de maricas. Ele respondeu: “Foi o Jean Wyllys quem me deu. O Bolsonaro achou que é de viado.”

Ex-senador, ex-assessor especial de Renan Calheiros, Chiquinho foi demitido sob suspeita de espionar a oposição, é aliado histórico de Sarney e descobriu há pouco o apelo popular da pelada dos deputados, que ocorre às terças-feiras depois da sessão na Câmara. “Vi que podíamos tirar benefício político do cartaz de Romário, Popó e Tiririca”, contou.

Dito e feito: os Jogos da Solidariedade, que ele idealizou, são um sucesso. Neles, deputados federais e estaduais se enfrentam em partidas pelo Brasil afora e o dinheiro arrecadado é doado para instituições beneficentes. Agora, boa parte dos deputados quer levar o time para seus currais eleitorais. Já há mais de vinte solicitações de jogos. “Vamos ter que passar a sortear os lugares”, disse Chiquinho, que vislumbra uma carreira internacional para o time.

Daquela vez, os parlamentares jogaram em Canoas e em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. O anfitrião Marco Maia, presidente da Câmara, participou dos primeiros dez minutos de cada jogo. Apesar das ameaças (“Se não tocar a bola para o presidente, ele te tira da comissão! Tem que tocar pro presidente!”), ele estava fora de forma, simulou uma contusão e saiu de campo sem marcar gol.

Romário, o ex-pugilista Acelino “Popó” Freitas e os ex-jogadores Deley e Danrlei garantiram o público dos jogos. A partida seguinte, a convite do ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, foi dali a duas semanas, em Imperatriz, no Maranhão. O ministro entregou o troféu aos vencedores."

Para ler a matéria completa, assinada por Clara Becker, clique aqui.

2 comentários:

Anônimo disse...

Se vc não lê a piauí, não sabe o q tá perdendo

abs

Anônimo disse...

Olha a cara desse infiliz... Parece aqueles tiozinhos que pagam pra dar um lambidinha nas meninas.